ARTIGO: As cooperativas e o cenário econômico

*As cooperativas agropecuárias e as de crédito têm o melhor desempenho. As cadeias produtivas da avicultura industrial, da suinocultura industrial, do leite e dos grãos foram estimuladas pelas exportações e pelo comportamento do câmbio



O ano foi difícil para as cooperativas, que enfrentam as mesmas dificuldades das empresas mercantis. O setor não repetirá os bons resultados de 2014, mas terá avanço em menor escala. A receita operacional bruta deve crescer até 8%. O recrudescimento da inflação foi nosso maior problema. A economia está lenta e a inflação não cessa. Isso comprova o fracasso da política macroeconômica do governo.

De um modo geral, todos os ramos foram afetados. As cooperativas agropecuárias e as de crédito têm o melhor desempenho. As cadeias produtivas da avicultura industrial, da suinocultura industrial, do leite e dos grãos foram estimuladas pelas exportações e pelo comportamento do câmbio. O aumento geral dos custos, entretanto, reduziu as margens de resultado. Por outro lado, as cooperativas de crédito aumentaram seu protagonismo no mercado financeiro.

Infelizmente, as projeções não são boas. O consumo vai diminuir e o desemprego, aumentar. O nível de confiança de todos os agentes econômicos está baixo. O governo tem se revelado incompetente para gerir a crise que criou. Entretanto, quem está trabalhando com uma cooperativa tem chance de se sair melhor. Se estivermos preparados, principalmente no que tange a informações, certamente a crise será mais amena. Com essa visão, o Sescoop tem investido nos associados, funcionários e dirigentes das cooperativas.

Em 2016, o Sescoop-SC investirá R$ 22 milhões em atividades de formação profissional e demais ações. Os principais programas mantidos pela entidade incluem capacitação profissional, promoção social, monitoramento e desenvolvimento de cooperativas, ações centralizadas, ações delegadas, auxílio-educação, programa Cooperjovem, programa jovens lideranças cooperativistas, Mulheres Cooperativistas, entre outros.

Outra notícia positiva é que a participação da mulher no quadro social das cooperativas chegou a 37,20% e deve crescer mais. Até o fim deste ano, as mulheres representarão cerca de 40%. O Programa Mulheres Cooperativistas, que visa a promoção e a sustentabilidade do cooperativismo, será ampliado para mais cooperativas, e o encontro estadual será ampliado para 1,2 mil mulheres. Os jovens até 25 anos representam 14,61%. Serão ampliados os programas Jovemcoop e o Cooperjovem em parceria com a rede de escolas públicas.

Respondemos por 11% do PIB de SC. A força do cooperativismo catarinense está nas suas 253 cooperativas, que reúnem mais de 1,7 milhão de famílias associadas. Esperamos que o associado opere cada vez mais com suas cooperativas e que suas diretorias continuem o trabalho democrático e participativo junto ao quadro social.

*Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC)
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