Dirigente estuda novos modelos de administração
O secretário de Saúde, João Batista de Sousa, esteve na última terça (14) na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), ocasião, voltou a defender a adoção de um novo modelo de gestão que tenha efetividade, eficiência e eficácia suficientes para atender a população nas unidades de saúde do DF.
Segundo ele, algumas propostas estão em estudo como gestão por Organizações Sociais de Saúde (OSS), em moldes parecidos aos que foram apresentados a ele em hospitais visitados recentemente no Goiás, ou até mesmo adotar o sistema de fundação pública, sem mudar o regime dos servidores, mas para acelerar processos essenciais, como a compra de medicamentos.
“Precisamos pensar em um novo modelo. A cada mês, enquanto o hospital de Ceilândia chega a gastar cerca de R$ 24 milhões com 289 leitos, o Hospital de Urgências do Goiás (HUGO) gasta R$12 milhões, com 450 leitos”, destacou o secretário.
Segundo João Batista, a Secretaria possui um orçamento de R$ 6,3 bilhões, um dos maiores do Brasil. Porém, 81% do valor estão comprometidos com o pagamento de recursos humanos, restando apenas 17% para custeio e 2% para investimento.
“Hoje, o nosso sistema de saúde é insustentável. Temos que construir com a população, conselhos e todos os entes necessários um novo modelo de gestão que seja compatível com o nosso orçamento e com as necessidades da população”, destacou João Batista, ao lado do deputado distrital que presidiu a sessão, Joe Valle.
Ao ser questionado pelo deputado distrital Leornado Prudente, ele destacou que várias medidas estão sendo tomadas para fortalecer o atendimento no DF, entre elas, o abastecimento da rede com insumos e medicamentos. “Em janeiro, tínhamos uma lista que contemplava 300 medicamentos em falta, hoje esse número esta reduzido a 70, mas o trabalho continua para abastecer por completo os estoques”, disse Batista.
Relatório de Gestão – Os dados apresentados pela pasta referentes ao segundo quadrimestre do ano passado contêm informações como montante de recursos, auditorias, oferta e produção de serviços e indicadores de saúde. A apresentação segue as exigências legais, previstas no artigo 37 da Lei Complementar 141/2012.
No documento, foi destacado que a rede possuía, na ocasião, 16 hospitais, 66 centros de saúde, 83 unidades básicas, 9 clínicas da família, 16 centros de atendimento psicossocial (CAPs), 6 Unidades de Pronto Atendimento (UPA), entre outras estruturas.
Com isso, foi possível realizar 2,6 milhões de consultas, 58 mil cirurgias e 104 transplantes. Além disso, a área de cobertura da atenção primária era de 69,04%.
Dos recursos, na ordem de R$6,1 bilhões, 50,85% foram oriundos do Fundo Constitucional do DF, 35,8% do GDF e 13,35% do Ministério da Saúde.
Fonte: REDAÇÃO
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