Executiva nacional do PSB se reuniu nesta quarta-feira para definir o anúncio e quer que novo nome seja ‘PSB40’
Os presidentes do PPS, Roberto Freire, e do PSB, Carlos Siqueira durante entrevista coletiva sobre a fusão entre os dois partidos (Foto: Ailton de Freitas)
PSB e PPS iniciaram nesta quarta-feira a fusão das duas legendas. A ideia dos dois partidos é que até junho as negociações estejam concluídas e o processo finalizado. Ainda está sendo discutido o nome e número resultantes da fusão. O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, defendeu que o nome passe a ser PSB40 e seja mantido o número dos socialistas.
— É uma marca consagrada que teve 23 milhões de votos em 2014 — lembrou Siqueira. O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, disse no entanto que ainda não há definição.
Os dois dirigentes falaram empolgados sobre a saída da senadora Marta Suplicy do PT para concorrer a prefeita de São Paulo pelo PSB no ano que vem. Segundo Siqueira, ela será uma das candidatas mais competitivas do país.
Se concretizada, a legenda deve manter o nome e o número do partido maior, o PSB. O presidente da legenda, Carlos Siqueira, sugeriu durante a entrevista coletiva uma pequena alteração na sigla, incorporando o número ao nome da legenda: PSB40.
Aliado histórico do PT, o PSB deixou o governo Dilma Rousseff em 2013 para viabilizar a candidatura de Eduardo Campos à presidência da República, que ganhou o apoio do PPS. O partido de Roberto Freire chegou a participar da base do governo Lula até 2004, mas partiu para a oposição em 2004.
Com a fusão, o partido se tornaria o quarto maior da Câmara, com 44 deputados federais e se igualaria ao PDT no Senado, com sete senadores. O PSB também pretende incorporar outras duas senadoras com a possível filiação. O partido também ficaria com 588 prefeitos (quatro capitais) e 739 mil filiados.
O fortalecimento do novo partido depende de uma decisão que o Congresso Nacional deverá tomar na semana que vem. PSB e PPS mobilizaram suas bancadas para derrubar o veto de Dilma Rousseff a um trecho da lei que dificulta a fusão de partidos. Se o texto original for mantido, parlamentares de outros partidos teriam um mês para mudarem para a nova legenda, sem correrem o risco de sofrer processo por infidelidade partidária.
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