De acordo com assessores presidenciais, Dilma disse ao novo ministro que ele iria ter assento nas reuniões de coordenação política do governo
O novo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva: escolha agradou ex-presidente Lula
Mesmo antes de tomar posse oficialmente, o novo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, já foi chamado pela presidente Dilma Rousseff (PT) para participar da reunião da coordenação política do governo no começo da última semana.
Segundo assessores presidenciais, Dilma, ao convidar Edinho para substituir Thomas Traumann, disse ao novo ministro que ele iria ter assento nas reuniões de coordenação política, o que foi comemorado pelo ex-presidente Lula. O petista elogiou a decisão da presidente de incorporar Edinho ao grupo, já que ele é visto como um político habilidoso e negociador.
Um ministro disse que Edinho Silva vai compor com Jaques Wagner (Defesa) uma ala de ministros que vai ajudar a azeitar as relações políticas do governo com o Congresso.
“Ele é o ministro da Comunicação, mas acho que vai ajudar muito também na articulação política”, afirmou reservadamente o ministro envolvido em negociações para aprovar o ajuste fiscal.
Político no cargoEx-deputado estadual pelo PT em São Paulo, Edinho atualmente estava dando aulas em uma faculdade particular. No início do ano, chegou a ser cotado para presidir a Autoridade Pública Olímpica (APO), estatal responsável pela organização da Olimpíada no Rio em 2016, mas recusou o cargo.
Na Comunicação, será responsável por controlar diretamente uma verba publicitária próxima a R$ 200 milhões ao ano.
A indicação de um político para a Secom tinha o aval do ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil). Nos últimos oito anos, a pasta foi comandada por jornalistas. Traumann e Helena Chagas chefiaram a pasta no governo Dilma e Franklin Martins, no segundo governo Lula.
Antes de Edinho, o último político a comandar a pasta foi Luiz Gushiken, que foi um dos ministros mais próximos ao ex-presidente Lula. Ele deixou o cargo em julho de 2005, em meio às denúncias do mensalão.
Entre 2005 e 2007, a Secom perdeu o status de ministério e a verba de publicidade ficou sob o comando do ex-ministro Luiz Dulci, que chefiou a Secretaria-Geral da Presidência na época.
A relação com a imprensa e o porta-voz, André Singer, ficaram sob o comando do gabinete da Presidência.
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