Renato Janine Ribeiro – Min. da Educação |
Melhorar os índices da educação básica. O país está na lanterna do ranking em exames internacionais como o Pisa, que mede competências de linguagem, matemática e ciências. Elevar a qualidade do ensino público implica: valorizar os professores para atrair talentos; capacitá-los, para que façam um ensino adequado ao século XXI; estabelecer um currículo mínimo e avaliações permanentes; e dotar as escolas da infraestrutura e dos recursos necessários.
Reformar o ensino médio. Pela Prova Brasil sabemos que 90% dos estudantes não aprendem o esperado nesta etapa. Muitos são analfabetos funcionais. Quase 2 milhões de jovens entre 15 e 17 anos abandonaram a escola. Dos que se formam, uma parte importante entra na universidade sem base. Como resultado, nas engenharias, por exemplo, o índice de evasão é de 57% (CNI).
Prouni e Fies. Garantir a continuidade de ações afirmativas como o Prouni e o Fies, que possibilitam o acesso de estudantes de baixa renda ao ensino superior. Hoje, 86% dos contratos ativos desse fundo correspondem a alunos com renda familiar até 5 salários mínimos. Reduzir o Fies é um retrocesso social.
Incentivar a pesquisa e a pós-graduação. O valor atual das bolsas é baixo demais (R$ 1.500 reais para mestrado, no CNPq) e, muitas vezes, há atrasos no pagamento. Além disso, o governo chegou a lançar o Fies para mestrado e doutorado, há quase um ano, mas a política não saiu do papel.
Implementar ensino técnico de qualidade. Apesar de ser um dos carros-chefes da campanha eleitoral, o Pronatec – Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – sofreu atrasos nos repasses de verba da União e, por isso, as aulas deste ano ainda nem começaram.
Concretizar o Plano Nacional de Educação, que levou quatro anos tramitando e, sancionado pela Presidente Dilma Rousseff no primeiro semestre de 2014, ainda não tem um cronograma de implementação. Ele comporta 20 metas para atingir em dez anos, entre elas: universalizar até 2016 a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 e 5 anos, alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o 3o ano do ensino fundamental, oferecer educação em tempo integral em no mínimo metade das escolas públicas.
Trabalhar sem o orçamento necessário. Isso porque, embora fosse eleita como pasta prioritária, a educação sofreu corte de R$ 1,9 bilhão por mês. Um dos argumentos que Janine Ribeiro poderá utilizar para mudar isso é o fato de que os ajustes econômicos podem fazer o país voltar a crescer em alguns meses, mas só a educação poderá garantir que ainda sejamos relevantes no cenário mundial daqui a vinte anos.
Ao Ministro, boa sorte, bom trabalho e coragem.
Foto: Gustavo Scatena / Folhapress
Fonte: Portal G1.
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