Nenhuma das multinacionais do setor metroferroviário diz por que contrataram as empresas uruguaias. A Siemens afirmou que não se manifestaria sobre investigações em curso. A Alstom disse que "está enfrentando acusações no Brasil relativas à não conformidade com leis e regras de competição referentes a temas do começo dos anos 2000 ou anteriores" e que "tem implementado regras de conformidade e ética que devem ser aderidas por todos os funcionários". "O programa de conformidade da Alstom foi certificado pela Ethic Intelligence, agência independente, e classificado como ‘atingindo os mais altos padrões internacionais’."
Em nota, o escritório Guyer y Regules disse que prestou "serviços de contabilidade, societários e liquidação de impostos" para as sete empresas, mas "não participou nem possui informação sobre as atividades dessas sociedades além do meramente formal, informado pelos titulares para registrar na contabilidade". Segundo o escritório, "a forma social adotada pelas empresas, de sociedades financeiras de investimento, determina que, legalmente, esse tipo de sociedade não pode realizar atividades no Uruguai, salvo algumas absolutamente menores, motivo pelo qual as atividades dessas empresas se realizam plenamente no exterior".
O escritório disse que deixou de prestar os serviços para as empresas há muitos anos e que todas as sociedades anônimas "estão em processo de dissolução e liquidação".
O advogado Eduardo Carnelós, que defende Arthur Teixeira, reiterou que seu cliente informou ao Ministério Público não ter ligação com as empresas offshore. "O sr. Arthur não tem conhecimento dessas nem de outras empresas offshore. O Ministério Público suíço fez afirmações envolvendo o sr. Arthur com tais empresas, sem, contudo, apresentar nenhum suporte para as acusações." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.