Na avaliação do petista, o clima de "guerra" com o PMDB deve permanecer ao longo da campanha eleitoral
Postulante ao cargo de governador do Rio de Janeiro, o senador Lindbergh Faria (PT-RJ) subiu o tom nesta quinta-feira, 16, e rebateu declarações DO presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), de que sua candidatura "não vai decolar". Em entrevista ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, Raupp afirmou que as pesquisas mostram que a campanha do petista "não decolou nem vai decolar." No Rio, o PMDB tenta emplacar para o comando do Estado o nome do atual vice-governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB). O PT, no entanto, defende o nome de Lindbergh.
"A primeira pergunta que quero fazer é: o que o Raupp tem na cabeça? Falar que a nossa candidatura não decolou, e a candidatura do PMDB do Pezão? Nas últimas pesquisas eu apareço com 15%, o Garotinho, com 21%, Crivella, com 15% e o candidato do PMDB, com 5%", disse o petista. Segundo ele, a expectativa do partido é chegar a um patamar de 30% das intenções de votos apenas em junho, quando se iniciarão a propaganda eleitoral de rádio e TV.
"Esse patamar atual para a gente é muito bom. O difícil é o presidente do PMDB explicar por que no Rio a avaliação do governo é de 50% de ruim e péssimo. Esse é um cenário que dificulta muito o crescimento da candidatura deles. Fica feio o presidente do PMDB dizer que a nossa candidatura não decolou quando a do candidato dele patina em 5%", afirmou.
Segundo ele, no próximo sábado o PT vai fazer um evento no Rio em que o presidente nacional da legenda, Rui Falcão, irá "reafirmar" a candidatura do partido ao governo do Estado. "A gente não quer criar nenhum constrangimento ou dificuldade para a presidente Dilma na relação com o PMDB nacional. Mas ao mesmo tempo, com a vinda do presidente nacional do PT, é momento de se reafirmar a nossa candidatura", disse.
Na avaliação do petista, o clima de "guerra" entre os dois partidos deve permanecer ao longo da campanha eleitoral. "A truculência faz parte da natureza do PMDB do Rio. Espero uma relação civilizada, mas a prática deles não é essa. Se acham os donos do Estado, truculentos. Mas estamos preparados para a guerra", disse.
Segundo ele, a pedido da cúpula nacional do partido, o desembarque do PT do atual governo do Estado deve ocorrer apenas em março, após o Carnaval. "Há essa posição da direção nacional para espera até março. O PT define as suas estratégias nos chamados encontros estaduais, estamos estudando fazer o mais breve possível para dar uma largada na candidatura porque tudo isso cria um clima de indefinição para a construção das alianças".