Antônio
Gomide apresenta-se como candidato a governador, não quer disputar mandato de
senador e se recusa a ser vice
Ao ser criticado pelo prefeito de
Goiânia, Paulo Garcia (PT), o prefeito de Anápolis, Antônio Gomide, que se
apresenta como pré-candidato a governador de Goiás pelo PT, imediatamente
procurou o ex-governador Iris Rezende. O motivo é prosaico: Gomide, como toda a
torcida do Atlético, sabe que Iris é uma espécie de conselheiro de Paulo. A
reação do prefeito goianiense, sugerindo que o PT deve compor com o PMDB, foi
interpretada como uma sinalização de que a Articulação persiste em apoiar Iris
Rezende para governador. Iris ou outro candidato do PMDB, que pode ser o
empresário Júnior Friboi.
A conversa entre Iris e Gomide foi “tranquila”. O objetivo do encontro foi “aparar” possíveis arestas. A tendência PT Pra Vencer, liderada pelo deputado federal Rubens Otoni, fechou questão: Gomide é mesmo pré-candidato a governador. Na semana passada, os integrantes da direção do PT em Anápolis reuniram-se para reafirmar que o prefeito deve ser candidato a governador.
A partir de agora, o grupo de Rubens e Gomide vai elaborar um planejamento e vai conversar com integrantes de vários partidos da base da presidente Dilma Rousseff. Por que Gomide apareceu de maneira ostensiva, frisando que é candidato? A explicação é simples: o petista quer e precisa expor que planeja ser candidato a governador para que seu nome aos poucos passe a aparecer nas pesquisas de intenção de voto de mais maneira mais consistente.
Um peemedebista afirma que, na conversa com Iris, Gomide frisou que o PT, a tendência da qual parte, não é contra o PMDB e não pretende dividir as oposições. Na verdade, quer somar. Entretanto, o gomidismo sugere que o nome das oposições — leia-se PT e PMDB — não seja definido agora, e sim em março. Quem estiver mais bem posicionado, do PT ou do PMDB, será o candidato. Os petistas admitem apoiar aquele que agregar mais e estiver melhor nas pesquisas. “O fato é que não há ninguém definido. Júnior Friboi é o pré-candidato do PMDB? Teoricamente, sim. Na prática, há quem, no partido, aposte que o candidato será Iris Rezende. Se o PMDB tem dois nomes, e não definiu nenhum deles, por que o PT não pode apresentar seu próprio pré-candidato?”, questiona um petista.
Outro petista disse ao Jornal Opção que o prefeito de Anápolis só vai se desincompatibilizar para disputar o governo do Estado. “Antônio Gomide não quer ser vice nem candidato a senador”, frisa.
Há alguma possibilidade de o PMDB lançar seu candidato a governador e o PT sair com seu próprio nome? O gomidismo acredita que sim. Depois, os dois partidos se uniriam no segundo turno. “O nosso negócio é trabalhar e viabilizar a candidatura de Gomide. Nós queremos o apoio do prefeito Paulo Garcia, porque, apesar das divergências, o PT sempre se une nas campanhas.”
A conversa entre Iris e Gomide foi “tranquila”. O objetivo do encontro foi “aparar” possíveis arestas. A tendência PT Pra Vencer, liderada pelo deputado federal Rubens Otoni, fechou questão: Gomide é mesmo pré-candidato a governador. Na semana passada, os integrantes da direção do PT em Anápolis reuniram-se para reafirmar que o prefeito deve ser candidato a governador.
A partir de agora, o grupo de Rubens e Gomide vai elaborar um planejamento e vai conversar com integrantes de vários partidos da base da presidente Dilma Rousseff. Por que Gomide apareceu de maneira ostensiva, frisando que é candidato? A explicação é simples: o petista quer e precisa expor que planeja ser candidato a governador para que seu nome aos poucos passe a aparecer nas pesquisas de intenção de voto de mais maneira mais consistente.
Um peemedebista afirma que, na conversa com Iris, Gomide frisou que o PT, a tendência da qual parte, não é contra o PMDB e não pretende dividir as oposições. Na verdade, quer somar. Entretanto, o gomidismo sugere que o nome das oposições — leia-se PT e PMDB — não seja definido agora, e sim em março. Quem estiver mais bem posicionado, do PT ou do PMDB, será o candidato. Os petistas admitem apoiar aquele que agregar mais e estiver melhor nas pesquisas. “O fato é que não há ninguém definido. Júnior Friboi é o pré-candidato do PMDB? Teoricamente, sim. Na prática, há quem, no partido, aposte que o candidato será Iris Rezende. Se o PMDB tem dois nomes, e não definiu nenhum deles, por que o PT não pode apresentar seu próprio pré-candidato?”, questiona um petista.
Outro petista disse ao Jornal Opção que o prefeito de Anápolis só vai se desincompatibilizar para disputar o governo do Estado. “Antônio Gomide não quer ser vice nem candidato a senador”, frisa.
Há alguma possibilidade de o PMDB lançar seu candidato a governador e o PT sair com seu próprio nome? O gomidismo acredita que sim. Depois, os dois partidos se uniriam no segundo turno. “O nosso negócio é trabalhar e viabilizar a candidatura de Gomide. Nós queremos o apoio do prefeito Paulo Garcia, porque, apesar das divergências, o PT sempre se une nas campanhas.”
Gomide deve organizar reuniões com os deputados estaduais, prefeitos,
vice-prefeitos, vereadores e líderes do interior e da capital para discutir sua
candidatura. O PT vai organizar encontros regionais. O objetivo é ampliar a visibilidade
do prefeito como pré-candidato a governador.
Para Gomide, o discurso que será usado contra Vanderlan e Iris não
serve. O petista é o novo e, contra o novo, o discurso tem de ser diferenciado.
Não se pode dizer que se trata de um político inexperiente. Porque não é. Além
disso, Gomide pode tentar enquadrar Marconi como o “velho” e, para isto, o
tucano tem de encontrar um antídoto. O petista poderá usar mais ou menos o
programa que Marconi usou em 1998 — de que é preciso renovar e que o povo põe e
o povo tira.
“Veja-se o caso de Paulo Garcia.
Ele é prefeito de Goiânia e, como tal, precisa do PMDB para governar. Portanto,
não pode ficar contra o partido. Como prefeito, não pode perder o apoio dos
peemedebistas. Por isso, e Gomide deveria ter entendido a situação, decidiu
demarcar posição”, afirma o petista. “Paulo Garcia é, sem dúvida, o aliado mais
importante de Gomide. Sem o apoio de um grupo forte em Goiânia, o prefeito de
Anápolis não tem condições de ser candidato a governador.”
Na opinião do petista, Gomide é o novo. “Mas o ‘novo’ não pode criar uma
crise de dimensões imprevisíveis e, quem sabe, incontroláveis. Parece que
colocaram o boi na sala e agora não sabem o que fazer com ele.”
Gomide pode ter jogado sua chance fora? “Não jogou ainda, mas está
começando a jogar, se não recuar e não abrir uma nova conversação com Paulo
Garcia. Ora, se Antônio Roberto não levar Paulo Garcia, o político do PT mais
forte em Goiânia, não levará também Iris Rezende. Em política não se joga sozinho.
Paulo e Iris estão ‘grudados’, têm um projeto comum, embora sejam filiados em
partidos diferentes. Antônio Roberto não tem um aliado do peso de Iris.”
Há ao menos três cenários possíveis para a disputa deste ano para o
governo do Estado, na avaliação do petista, em termos da aliança PMDB-PT ou
então de uma candidatura-solo do PT.
No primeiro cenário, “Iris disputa o governo, com Edward Madureira ou
Marina Sant’Anna como vice. Um deles também pode ser candidato a senador e,
neste caso, o PMDB bancaria o vice, que poderia ser Júnior Friboi. Marina e
Edward são nomes leves, não têm rejeição. Marina sai na frente porque é mais
experimentada em termos políticos”.
No segundo cenário, na hipótese de uma exclusiva do PT, o candidato a
governador poderia ser Gomide, da tendência PT Pra Vencer, com Edward Madureira
na vice, e Marina Sant’Anna disputando a vaga no Senado.
No terceiro cenário, Júnior Friboi é o candidato, pelo PMDB, com Marina
Sant’Anna para o Senado. A vice ficaria, no caso, com um integrante de outro
partido aliado ou então com o PMDB.
O petista admite que Gomide pode ser o candidato, mas que há uma
tendência, e que considera “muito forte”, de o candidato a governador ser
filiado ao PMDB. “O PT tem o nome novo, com alto potencial de crescimento, mas
falta-lhe estrutura política. Se Antônio Roberto for apoiado pelo PMDB, com
forte empenho do prefeito Paulo Garcia, aí suas chances de ser eleito passam a
ser muito altas. Mas insisto que o cenário da política de Goiás hoje sugere uma
composição entre PT e PMDB — e já no primeiro turno. Se queremos ganhar do
governador Marconi Perillo, e certamente queremos muito, devemos permanecer
unidos, sem arestas para aparar durante a campanha. Como os políticos sabem,
não dá para aparar arestas durante a campanha.”
O petista insiste que, se não agir rápido, “apagando o fogo que
acendeu”, Gomide perderá a chance de disputar o governo em outubro deste ano.
Ao final da conversa sobre o conflito Paulo Garcia-Antônio Gomide, o
petista disse que o PT não tem condições de apoiar o “Rei do Gado”. “A rigor,
Júnior Friboi não conseguiu nenhum apoio decisivo até agora. Antônio Roberto
[Gomide], Paulo Garcia e Iris Rezende não o apoiam. Maguito Vilela sinalizou
que poderia apoiá-lo, mas parece que está percebendo que o empresário não está
‘colando’ como candidato.”