Com a previsão da
disputa eleitoral, o ano de 2014 carrega diversos ingredientes que deverão ser
acompanhados inicialmente apenas pela classe política e, num segundo momento,
com a proximidade de 5 de outubro, o dia das eleições em primeiro turno, pela
população em geral.
O clima eleitoral
já poderá ser percebido na segunda quinzena de janeiro, quando está prevista a
dança das cadeiras na Esplanada dos Ministérios e uma possível readequação de
espaços entres as legendas que atualmente apoiam o governo Dilma Rousseff.
Integrantes do arco de aliança do governo, como PR e PDT, aguardam uma
sinalização da presidente sobre a retomada de cargos perdidos no início de sua
gestão, quando ocorreu a chamada "faxina ética" na Esplanada.
Sob suspeita de
irregularidades, a petista afastou no primeiro ano de mandato o presidente do
PR, senador Alfredo Nascimento, e do PDT, Carlos Lupi, do comando das pastas do
Transporte e do Trabalho. Como alternativa à Dilma, os dois dirigentes não
descartam um apoio à candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos
(PSB), à Presidência da República em 2014.
Na lista daqueles
que também aguardam um aceno de Dilma para oficializar o seu apoio ao PT está o
PTB. Nas últimas eleições de 2010, a legenda compôs chapa com o então candidato
do PSDB à Presidência da República, José Serra. O PTB quer a pasta de
Integração, a mesma defendida pelo PMDB para ser entregue ao senador Vital do
Rêgo (PMDB-PB).
Findo janeiro, o
Congresso retoma as atividades no início de fevereiro. As duas Casas, no
entanto, devem parar as atividades 30 dias depois, quando inicia o período do
Carnaval, previsto para 4 de março. Um dia depois, termina o prazo para o
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definir as resoluções que vão regulamentar a
Lei Eleitoral em temas como doação de campanha, propaganda e crimes eleitorais,
entre outros.
Passada a folia, os
congressistas terão praticamente três meses para discutir e votar propostas de
interesse da sociedade antes do início das convenções partidárias previstas
para começar no dia 10 de junho e terminar apenas no dia 30 do mesmo mês. É no
período das convenções que os partidos definem oficialmente o nome dos
candidatos que irão disputar as eleições. É também nesta época que os partidos
oficializam a composição de aliança.
O período de
escolha e exposição dos políticos nos veículos de comunicação vai se chocar com
os jogos da Copa do Mundo, previstos para ocorrer entre 12 de junho e 13 de
julho. Entre um jogo e outro do Mundial e ataques e contra-ataques dos
adversários políticos, os candidatos terão até o dia 5 de outubro para
convencer os eleitores que detêm as melhores propostas. Em caso de segundo turno,
os eleitores voltam às urnas no dia 26 de outubro. Uma data importante para os
candidatos é o dia 19 de agosto, quando começa a propaganda eleitoral gratuita
no rádio e na TV, e que na avaliação dos especialistas é onde realmente o
eleitor em geral começa a se ligar no processo eleitoral.
Fonte: Agencia
Estado.